QUINTA DOS FIGOS
A recuperação da “Quinta dos Figos” que se encontrava em estado semi-ruinoso e a sua adaptação para a prática do turismo rural, foi um desafio estimulante.
Para além da manutenção dos traços arquitectónicos típicos da zona do Ramo Grande da ilha Terceira, procurou-se manter vivos todos os sinais visiveis da história da Quinta, nomeadamente as fachadas dos edificios, as majestosas chaminés em pedra, os nichos interiores, as cisternas, etc., de forma a conciliar a preservação do nosso património arquitectónico com o bem estar dos nossos hóspedes.
Na obra, foram utilizados os melhores materiais tradicionais locais, nomeadamente os diversos tipos de pedra e de madeira.
A preservação e o enriquecimento dos espaços verdes e da multiplicidade de plantas e árvores, a par do ressurgimento das actividades caseiras de autosubsistência (criação de animais domésticos e produção horticola, floricola e fruticola.), foram uma opção suplementar, para criar um ambiente rural autêntico.
Fizemos o nosso melhor, para criar uma oferta de qualidade.
Uma mancha arborizada, com 5000 m2, com três edificações de arquitectura rural típica, onde predominam as enormes chaminés em pedra de cantaria em forma de “mãos postas” e as sumalhas e contornos de portas e janelas igualmente em cantaria. Telhados regionais de cor avermelhada com telhas feitas de barro. Varandas e escadarias em pedra de cantaria.
Um parque de estacionamento, com piso em bagacina vermelha.
Dois jardins e plantas endémicas, com pavimentos em cubos de pedra basáltica.
Um torreão (miradouro) todo revestido em pedra rustica, com escadaria de acesso em tufo vulcânico vermelho, de onde se disfruta uma bonita paisagem sobre a cidade da Praia da Vitória com o seu vasto areal e sobre a Serra do Cume.
Três casas para animais domésticos (galinhas, patos, perus e pássaros), com paredes em pedra rústica e telhados em telha regional.
Uma churrasqueira revestida com pedra vermelha e coberta com telha regional.
Uma eira (redondel com 10m de diâmetro) com bancada e paredes de pedra e com piso de sabre (terra de cor creme).
Espaços de cultivo de árvores de fruta (figueiras, laranjeiras, limoeiros, arazeiros, castanheiros, etc.), e de produtos horticolas (batatas, favas, couves, repolhos, cebolas, cenouras, alhos, nabos, alfaces, melões, melancias, etc.), destinados ao autoconsumo.
Paredes de autodelimitação e de divisão, todas em pedra rústica e acessos com pisos de pedra, bagacina e terra batida.
Vários espaços com variados tipos de arvores de sombra (arocária, faias, platanos, loureiros, etc.); plantas e flores ornamentais (hortências, cardeais, azálias, etc.), criando um ambiente convidativo ao lazer e à leitura.
Pertença de uma família rural abastada, a “Quinta dos Figos” foi palco, ao longo da sua existência, com mais de um século, de múltiplas utilizações.
Para além de habitação, serviu como centro económico de autosustentação. O cultivo de milho, a sua transformação em farinha e depois em pão, nos fornos de lanha; a produção do leite; a sua desnatação e transformação em queijo e manteiga; a produção de uvas e respectiva transformação em vinho; a captação das aguas das chuvas e seu armazenamento em cisternas; a produção de frutas, nomeadamente de figos e o seu aproveitamento ora frescos, ora secos ora ainda em doces caseiros; a produção de aves e
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